quarta-feira, 20 de março de 2013

Faz tempo. Será que eu ainda sei fazer isso?


Tem épocas que o mundo conspira. Tem quem pense contra. Eu penso para. O mundo conspira para mim.
Não sei bem se eu vou gostar, mas tenho que me subjugar à vontade do Absoluto e, se a revolta passa, a gente começa a ver algumas coisas.

Uma das coisas que eu tenho refletido é: o que eu sinto?
Parece fácil, parece natural, mas não é. A gente sente, mas não pensa no que sente. E também não dá uma vazão espontânea aos sentimentos.

Tenho tentado ser honesta com o meu coração. Gozado, só recentemente reparei que honestidade e coração quase não caminham juntos na minha vida. Sempre a razão, o crivo, as regras no meio. Sempre o outro. Sempre o certo primeiro.

O que é certo?
Como posso pensar que o que eu sinto é errado e esperar crescer com isso, sem viver meus sentimentos? Os sentimentos parecem ser como energia, quanto mais eu lutar contra, eu omitir, segurar, esconder, mais forte e potencial ele fica. Qual a saída? Não lutar, mas entrar no sentimento, vê-lo, conhecê-lo.. como que colocar o inimigo bem próximo para monitorá-lo. Decifrá-lo. E a medida que eu sei o que estou sentindo, sei o que estou vivendo, o sentimento perde a força porque eu o domino. E aí, sim, eu consigo pensar e escolher como agir.

Equilíbrio. Sempre o equilíbrio. Chegar no ponto é que são elas.
Mas é isso aí, chegar lá é difícil porque no fundo a gente não se permite. Ou pensa demais. Ou age por impulso demais. Não tenta mesclar. E de um jeito estranho meu palpite é que cada um vai encontrar seu próprio balanço, se.. viver a própria vida como motorista e não como passageiro.