domingo, 23 de junho de 2013

as linhas, os sentimentos e o abraço. - e daí?

Não é o café, nem as viagens caras que você já pode fazer, ou o fato que agora você não se incomoda que alguém não vá muito com a sua cara que define que você amadureceu.

São as linhas que você sem perceber traça para (conseguir) viver a vida.

Como reagir quando você se abre, expondo um ponto frágil seu, e o outro - sem perceber - reage de uma maneira que te faz sentir menor? Quando o que o outro fala, a reação é de indiferença? Como fazer pra não se sentir.. mal?

E nesse momento, quando esse sentimento (ou essa sensação, chame como quiser) aparece, você sem perceber traça uma linha. No meu caso é a linha do: tudo bem, se você não me entende, não te levo mais a sério.
Sabendo que esta também não é a melhor reação.. fiquei pensando. Não seria mais interessante pensar: e daí? Essa pergunta ecoou na minha cabeça.

E daí que o outro riu?
E daí que o outro não entendeu?
E daí que o outro não te respondeu mais?
E daí que o outro te respondeu com outro assunto?

Mudou o que eu sinto sobre o assunto? Mudou o que o assunto representa para mim?
Não.
O que mudou é que eu me arrisquei e não gostei do resultado do que eu vi. Foi a frustração que mudou. Saber que o outro não entendeu do jeito que eu entendo. Doeu! E essa dor mudou toda a minha perspectiva. Mudou as linhas!

Eu entendi, hoje, numa situação dessas, que as linhas dançam de acordo com o que eu sinto. Eu posso expandir e diminuí-las na proporção da maturidade dos meus sentimentos.
E nessas horas, me pergunto, o quão honestos são nossos abraços.. porque.. será que realmente eu consigo abraçar o outro pelo que ele é ou eu o abraço pelo que ele representa pra mim?

e o eco da minha consciência retorna a seguinte questão: tem diferença? quem se importa? as pessoas só querem se sentir abraçadas...

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